domingo, 22 de março de 2009

E depois falam que o rádio pode acabar um dia


Caros Amigos,


Como todos os dias, faço uma visita no blog de meus amigos e sites que estejam ligados aos meios de comunicação, seja para transmitir notícias como para criticar os mesmos. Hoje, ao estar visitando mais uma vez o site Bastidores do Rádio do grande jornalista Adriano Barbiero, me deparei com um e-mail que o jornalista José Maria Scachetti que apresenta o Jornal Verdade Capital 1040 pela Rádio Capital, enviou até o site, intitulado como "O desserviço da Televisão".


Neste e-mail ele comenta como se portou as emissoras de televisão e rádio referente a chuva que ocorreu em São Paulo no dia 17 de março deste ano. Confira na íntegra a mensagem e depois, caso desejar, pode deixar um comentário expressando sua opinião sobre o assunto. Veja:


"Eu gostaria de aproveitar este espaço que fala sobre Rádio e Televisão, talvez um dos poucos bons serviços prestados pela Internet para chamar a atenção daqueles que tem o poder de fiscalizar a qualidade do serviço prestado pelas emissoras de Rádio e TV, afinal de contas são veículos que têm concessão do governo e por isso mesmo devem fazer jus à sua finalidade. Isto pra dizer que, na tarde da terça-feira dia 17 de março de 2009, eu estou colocando a data para que no futuro os leitores do site vejam o que aconteceu.


Então, na tarde do dia 17 de março uma tromba d’água caiu sobre a cidade de São Paulo provocando alagamentos, destruições, pânico entre a população, estragos, congestionamento monstro, enfim, um caos na maior cidade do país. Imediatamente as emissoras de Rádio interromperam suas programações para "prestar serviço”, que é para isso que foram criadas. E agora vem a minha bronca. E as televisões? Ah as televisões.


Esses verdadeiros veículos de construir magias e sonhos, prestaram um grande desserviço à população paulistana e ao Brasil. Enquanto a tragédia corria solta nas ruas da capital os canais de televisão, com radialistas diferenciados dos demais, isto porque têm salários mais altos, insistiam em mostrar receitas, brincadeiras, desenhos animados, reprises de novelas, desgraças familiares, filmes etc. No máximo, uma manchete sobre o fato, para chamar o jornal que viria no fim da tarde, mais nada.


A televisão que tem o poder da imagem, ao contrário do Rádio que conta o que está acontecendo, tinha que fazer como o Rádio também. Interromper a programação e mostrar para o Brasil o que estava ocorrendo na maior metrópole da América do Sul. Até quando as nossas televisões vão continuar engravatadas, vestidas de gala, enquanto a cidade estiver usando seus jalecos de trabalho, seus jeans surrados, suas bermudas sofrendo as conseqüências das mazelas do dia-a-dia?


Jornalismo não é só para “horário nobre”. Jornalismo é a todo instante. Onde houver um fato importante a se destacar deve ser mostrado, deve ser relatado. Isso vale para todos os canais e para todas as Rádios". Atenciosamente, José Maria Scachetti - um operário do Rádio e Radiojornalismo há 45 anos.


Fica registrado esta mensagem e este blogueiro, amanta do rádio brasileiro, concorda com as palavras descritas por José Maria. E termino esta postagem com uma frase que muitos profissionais da área de comunicação sempre falam: "E depois falam que o rádio pode acabar um dia". Será?

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