quarta-feira, 19 de março de 2008

Rádio: o eterno companheiro


Caros Amigos

Com o passar dos tempos, as inovações tecnológicas foram inevitáveis e os meios de comunicação sofreram grandes mudanças. Um exemplo disso é a televisão, que no começo surgiu em preto e branco e atualmente possui a imagem colorida. E as inovações não param por aí; a era digital chegou aos televisores e promete dar um maior padrão de qualidade. Também é importante lembrar da Internet, que se popularizou nestes anos, tornando-se um meio de comunicação expressivo.
A cada avanço de outros meios de comunicação, uma pergunta sempre é feita: o que será do rádio? Alguns decretam o seu fim; já outros não são apocalípticos mas afirmam que sofrerá perdas com a falta de anunciantes. Mas a realidade é uma só: o rádio não perdeu sua essência de ser o companheiro de muitas pessoas. Segundo dados do site microfone.jor.br, no Brasil cerca de 90% das residências possuem um aparelho de rádio, sendo que na região Sudeste se concentra o maior índice, em média 18 milhões de domicílios possuem o aparelho.
As mulheres são as que mais ouvem rádio; 53% escutam a programação radiofônica, sendo que 90% deste total ouvem regularmente. Os homens totalizam 47% e cerca de 91% ouvem com freqüência. A faixa etária de ouvintes que mais ouvem segundo o site está entre 20 e 29 anos.
E entre esses fiéis ouvintes do rádio está o penapolense Moisés Ambrósio, 60 anos. O aposentado diz que ouve rádio desde sua infância, e a partir da escuta freqüente dos programas, tornou-se um assíduo ouvinte. “Desde criança adquiri o gosto pelo rádio, pois a televisão não era ainda popular como é hoje. Naquele tempo só havia rádio AM e as antigas vitrolas”, comenta.
Moisés explica que os programas mais populares da época eram os gêneros musicais, com destaque para a música sertaneja e popular, como Vicente Celestino e Nelson Gonçalves. Mantendo o costume, ele diz que levanta às 5 da manhã e ouve a programação até a noite. “Ouço o rádio a partir das 5 da manhã até às 20 horas, e quando passeio de carro, ligo o rádio também” afirma o aposentado.
Moisés possui cinco aparelhos de rádio e duas vitrolas sendo que o primeiro aparelho adquirido por ele foi em 1981, e os outros aparelhos foram ganhados e reaproveitados. “As pessoas tinham a intenção de jogar fora os aparelhos e eu os reaproveitava”, comenta. Até hoje, esses aparelhos reaproveitados funcionam normalmente.

Emissoras Internacionais
Ele explica ainda que os rádios de antigamente vinham com uma chave de botão que possibilitava conectar outras emissoras AM. E neste detalhe há uma curiosidade: em um dos aparelhos que possui, Moisés ouve emissoras de países como Argentina, Japão, Estados Unidos, Itália, Austrália, entre outras sempre conectando estas redes com a chave de ondas curtas.
Além de ouvir as emissoras internacionais, ele se comunica com as rádios desde 1993, quando enviou uma correspondência a uma emissora na Argentina e como resposta recebeu fotos mostrando a estrutura do local e a equipe de jornalistas, além de ouvir seu nome durante a programação. “Para ser correspondido pelo apresentador é necessário que a programação seja sintonizada e, através de carta, informar o dia e horário que o programa foi ao ar inclusive com o conteúdo do que foi apresentado”, explicou. O aposentado se comunica com diversas emissoras de alguns países, em especial aquelas que possuem programação voltada para os brasileiros que residem no país. “Quando me correspondo e os locutores ficam cientes que do outro lado do oceano há pessoas sintonizadas em suas programações, ficam muito felizes”, descreveu Moisés.Como explicou, só a BBC de Londres possui dez torres para que a programação das 19h30 chegue até aqui com boa audição. No Brasil, a Rádio Nacional de Brasília também mantém programação em vários idiomas, destinada aos estrangeiros que residem no Brasil ou mesmo aos países de
origem.

Amor pelo rádio
Sobre os noticiários, Moisés afirma que são melhores que na TV, pois são mais detalhados, e se diz satisfeito em ficar informado pelo rádio. “Não preciso da internet e até mesmo da TV para ficar informado”, comenta.
Mesmo gostando de sintonizar as emissoras fora do país, o ouvinte destacou que não despreza as rádios nacionais e até mesmo locais que informam o que está ocorrendo em nosso redor.
Ele expressa grande amor pelo rádio, onde explica ser algo mais importante em sua vida. “Depois de Deus e minha família, o rádio pra mim é insubstituível”, finaliza Moisés. Além dele, pelo que informou, outro penapolense, Carlos Buranello, também mantém este “hobby” idêntico.

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