
Caros Amigos,
Em 20 de julho de 1969, a população mundial acompanhava por meio rádio e demais veículos de comunicação o comandante da missão Apolo 11 e astronauta Neil Alden Armstrong entrar para a história como sendo o primeiro homem a pisar na Lua. Na época, o penapolense Alair Pereira, 73 anos, acompanhou esta façanha por meio do radioamadorismo, hobby praticado aproximadamente há 54 anos.
Em 20 de julho de 1969, a população mundial acompanhava por meio rádio e demais veículos de comunicação o comandante da missão Apolo 11 e astronauta Neil Alden Armstrong entrar para a história como sendo o primeiro homem a pisar na Lua. Na época, o penapolense Alair Pereira, 73 anos, acompanhou esta façanha por meio do radioamadorismo, hobby praticado aproximadamente há 54 anos.
O radioamador é a pessoa que procura manter o funcionamento de uma estação de radiocomunicação para comunicados e conversas informais ou para concursos e competições nacionais e internacionais. Além dos operadores de estações amadoras de radiocomunicação, os códigos desta modalidade de comunicação são utilizados por serviços diversos, tanto civis como militares, e também por profissionais e empresas que utilizam a radiocomunicação como contato com seus integrantes.
"Sempre gostei de eletrônica, fazendo cursos e trabalhando no conserto de aparelhos", recorda Alair. Hoje, 40 anos após este feito, ele que é militar reformado, guarda com carinho uma relíquia que poucas pessoas no mundo possui: uma carta (foto) de correspondência da Nasa (que em português significa Administração Nacional do Espaço e da Aeronáutica), também conhecida como Agência Espacial Americana, responsável pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração espacial em comemoração a este feito. "Lembro que neste dia sintonizei uma estação americana dentro da Nasa, e o locutor que falava em espanhol dizia que aquele que conseguisse contato ganharia esta carta como recordação", comenta.
Ao ouvir esta mensagem, Alair tentou contato, conseguindo falar com o operador, cumprimentando a conquista feita pelos astronautas. "Não demorou muito tempo, o carteiro chegou à minha casa com um envelope, e ao abrir, notei que era a carta conforme aquele locutor havia prometido", destaca. O penapolense guarda até hoje, junto com seus aparelhos de radioamador, a carta contendo o selo comemorativo e a foto dos três astronautas que participaram daquela viagem histórica. "Foi um momento especial que este hobby me proporcionou", garante.
A paixão pelo radioamadorismo começou quando o penapolense era policial militar e foi atuar na manutenção de equipamentos de transmissões. "Nesta época fundamos o Clube de Radioamadores da Guarda Civil de São Paulo. Na época, para trabalhar nesta área era preciso conhecer noções básicas de eletrônica e legislação, que são utilizadas até hoje", ressalta. A primeira estação, ou "batismo" como é chamado pelos adeptos ao radioamadorismo aconteceu quando se comunicou com David Badur (já falecido) residente em Campinas. Após esta comunicação, Alair também foi atendido por Ademar Torres e sua irmã, conversando com este por meia hora.

De imediato, o penapolense entrou em contato pelo aparelho ao Instituto Butantã em São Paulo, sendo providenciado o soro que foi transportado pelo avião da FAB (Força Aérea Brasileira). "Em poucas horas, o antídoto estava em Assumpção, salvando a vida daquele trabalhador", diz emocionado. Alair garante com convicção que mesmo com o avanço dos meios de comunicação, o radioamadorismo nunca acabará, pois possibilita fazer novas amizades e rever velhos companheiros operando suas estações. Além dele, suas duas filhas e um genro, bem como outros penapolenses tem o radioamadorismo como hobby. "Enquanto eu viver, estarei sempre me comunicando pelo radioamadorismo, pois só me trouxe alegrias e emoções", finaliza.
Um comentário:
Adorei conhecer esta história!
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