Caros Amigos,
Nesta terça-feira, 23 de junho de 2009, completou 13 anos da morte do empresário brasileiro Paulo César Cavalcante Farias, ou PC Farias como era conhecido na época e sua namorada Suzana Marcolino. Até hoje a sua morte é cheia de mistérios que não foram desvendados pela Polícia e autoridades competentes que na época cuidaram do caso.
PC Farias foi tesoureiro de campanha de Fernando Collor de Mello e Itamar Franco, nas eleições presidenciais brasileiras de 1989. Foi a personalidade chave que causou o primeiro processo de impeachment da América Latina, em 1992. Acusado por Pedro Collor de Mello, irmão na ocasião do Presidente da República Fernando Collor de Mello, em matéria de capa da revista Veja, no ano de 1992, PC Farias seria o "testa de ferro" em diversos esquemas de corrupção divulgados após este ano em diante.
Em valores atuais, o "esquema PC" arrecadou exclusivamente de empresários privados o cerca de US$ 8 milhões, o equivalente a R$ 15 milhões de reais em dois anos e meio do governo Collor (1990-1992). Nenhuma destas contribuições teve qualquer ligação, com benefício ao "cliente" de PC, por conta de favor prestado pelo presidente na época. O "esquema PC" movimentou mais de US$ 1 bilhão dos cofres públicos. Jamais apareceu qualquer prova de que PC Farias fosse ligado ao narcotráfico.
PC Farias e Suzana foram encontrados mortos por volta das 11h na casa de praia do empresário, em Guaxuma, litoral norte de Maceió. Quando os corpos foram encontrados, PC estaria deitado de lado, sobre o braço direito. Para a polícia alagoana, depois de atirar no namorado, Suzana sentou-se na cama e deu um tiro no próprio peito, com um revólver calibre 38 comprado por ela mesma, com ajuda de prima Zélia Maciel. Os cinco seguranças e o caseiro afirmaram não ter ouvido os disparos. Resolveram arrombar a janela, segundo eles, quando o patrão não respondeu a seus chamados.
Desde o princípio, o presidente do primeiro inquérito sobre as mortes, Cícero Torres, apostou na tese de crime passional. PC teria sido morto por Suzana porque ele teria ameaçado abandoná-la. As falhas na investigação, entretanto, aumentaram as dúvidas sobre a versão oficial. Não houve preservação do local do crime. Não foram procurados resíduos de pólvora nas mãos dos seguranças, e a família de PC queimou o colchão onde ambos morreram. Investigações do legista Badan Palhares deram como resultado que Suzana Marcolino matou PC Farias e suicidou-se em seguida, mas descobriu-se posteriormente que Palhares recebeu R$ 4 milhões de reais do irmão de PC Farias para fraudar o laudo.
Para justificar a trajetória da bala que perfurou Suzana no peito, Badan afirma que ela tinha 1,67 m de altura e PC, 1,63 m. O caso é considerado oficialmente apenas como um crime passional, mas para o médico-legista alagoano George Sanguinetti e o perito criminal Ricardo Molina de Figueiredo, o casal foi assassinado. Durante este anos, contradições e duvidas surgiram por parte dos profissionais que cuidaram do caso, mudando completamente a cada momento as conclusões finais sobre a morte de PC Farias e sua namorada. Em 1997, contralaudo de dois legistas e dois peritos afirma, baseado em projeção feita a partir de ossos do cadáver, que Suzana media cerca de 1,57 m. Com esse tamanho, a bala a teria atingido no rosto ou passado sobre um ombro, sustenta o contralaudo. Badan mantém a posição sobre a altura, e o debate não é conclusivo.
Já em 1999, no dia 22 de março, o promotor Luiz Vasconcelos afirma que "o maior conflito entre os laudos, não-conclusivo, é a altura. Não se sabe qual a correta, tendo dois caminhos: oferecer denúncia ou arquivar. Com esse conflito e sem novos elementos, serei compelido a arquivar", afirmou o promotor que cuidou do caso. Em 24 de março, a Folha de S.Paulo publica uma reportagem com oito fotografias de Suzana, obtidas após três meses de investigações, provando estar errada a altura do laudo de Badan Palhares. Ao lado de PC, de corpo inteiro, mesmo de salto alto, ela é mais baixa. Com isso, o promotor reabre as investigações.
O delegado Cícero Torres, presidente do inquérito que concluiu por crime passional em 1996, afirma que PC usava palmilhas para ficar mais alto. A Folha publicou uma nova foto em que, descalço, PC aparece mais alto do que Suzana. Em 31 de março, a Folha publica imagens e descreve o vídeo com a necropsia do corpo de Suzana feita pela equipe de Badan, mostrando que a altura do corpo não é medida em nenhum momento. Com base em dez fotografias publicadas pela Folha e anexadas aos autos do inquérito, a Unicamp divulga novo laudo sobre a altura de Suzana, concluindo que ela media de 1,53 m a 1,57 m no dia 24 de maio.
A Folha publica, no dia 28 de agosto um laudo inédito do perito Ailton Villanova, da Polícia Científica de Alagoas, elaborado em 1999, após reconstituição das mortes. Ele conclui que houve luta na sala da casa onde PC e Suzana morreram, e que os funcionários de PC mentiram ao dizer que entraram pela janela no quarto onde estavam os corpos. No dia 19 de novembro a polícia indicia Augusto, sob acusação de co-autoria. Além dele, mais oito são indiciados, todos ex-funcionários de PC. Entre eles, os quatro seguranças. Os oito réus de Alagoas e o deputado Augusto Farias afirmam não ter cometido crime algum.
Embora se tenha feito tudo isso, em 2002 o caso foi arquivado pelo STF, deixando enfim uma margem de dúvidas e mistérios sobre esta morte para todos nós. Abaixo você confere uma entrevista de PC Farias na época se defendendo das acusações feitas pelo irmão do presidente na época Fernando Collor.
Nesta terça-feira, 23 de junho de 2009, completou 13 anos da morte do empresário brasileiro Paulo César Cavalcante Farias, ou PC Farias como era conhecido na época e sua namorada Suzana Marcolino. Até hoje a sua morte é cheia de mistérios que não foram desvendados pela Polícia e autoridades competentes que na época cuidaram do caso.
PC Farias foi tesoureiro de campanha de Fernando Collor de Mello e Itamar Franco, nas eleições presidenciais brasileiras de 1989. Foi a personalidade chave que causou o primeiro processo de impeachment da América Latina, em 1992. Acusado por Pedro Collor de Mello, irmão na ocasião do Presidente da República Fernando Collor de Mello, em matéria de capa da revista Veja, no ano de 1992, PC Farias seria o "testa de ferro" em diversos esquemas de corrupção divulgados após este ano em diante.
Em valores atuais, o "esquema PC" arrecadou exclusivamente de empresários privados o cerca de US$ 8 milhões, o equivalente a R$ 15 milhões de reais em dois anos e meio do governo Collor (1990-1992). Nenhuma destas contribuições teve qualquer ligação, com benefício ao "cliente" de PC, por conta de favor prestado pelo presidente na época. O "esquema PC" movimentou mais de US$ 1 bilhão dos cofres públicos. Jamais apareceu qualquer prova de que PC Farias fosse ligado ao narcotráfico.
PC Farias e Suzana foram encontrados mortos por volta das 11h na casa de praia do empresário, em Guaxuma, litoral norte de Maceió. Quando os corpos foram encontrados, PC estaria deitado de lado, sobre o braço direito. Para a polícia alagoana, depois de atirar no namorado, Suzana sentou-se na cama e deu um tiro no próprio peito, com um revólver calibre 38 comprado por ela mesma, com ajuda de prima Zélia Maciel. Os cinco seguranças e o caseiro afirmaram não ter ouvido os disparos. Resolveram arrombar a janela, segundo eles, quando o patrão não respondeu a seus chamados.
Desde o princípio, o presidente do primeiro inquérito sobre as mortes, Cícero Torres, apostou na tese de crime passional. PC teria sido morto por Suzana porque ele teria ameaçado abandoná-la. As falhas na investigação, entretanto, aumentaram as dúvidas sobre a versão oficial. Não houve preservação do local do crime. Não foram procurados resíduos de pólvora nas mãos dos seguranças, e a família de PC queimou o colchão onde ambos morreram. Investigações do legista Badan Palhares deram como resultado que Suzana Marcolino matou PC Farias e suicidou-se em seguida, mas descobriu-se posteriormente que Palhares recebeu R$ 4 milhões de reais do irmão de PC Farias para fraudar o laudo.
Para justificar a trajetória da bala que perfurou Suzana no peito, Badan afirma que ela tinha 1,67 m de altura e PC, 1,63 m. O caso é considerado oficialmente apenas como um crime passional, mas para o médico-legista alagoano George Sanguinetti e o perito criminal Ricardo Molina de Figueiredo, o casal foi assassinado. Durante este anos, contradições e duvidas surgiram por parte dos profissionais que cuidaram do caso, mudando completamente a cada momento as conclusões finais sobre a morte de PC Farias e sua namorada. Em 1997, contralaudo de dois legistas e dois peritos afirma, baseado em projeção feita a partir de ossos do cadáver, que Suzana media cerca de 1,57 m. Com esse tamanho, a bala a teria atingido no rosto ou passado sobre um ombro, sustenta o contralaudo. Badan mantém a posição sobre a altura, e o debate não é conclusivo.
Já em 1999, no dia 22 de março, o promotor Luiz Vasconcelos afirma que "o maior conflito entre os laudos, não-conclusivo, é a altura. Não se sabe qual a correta, tendo dois caminhos: oferecer denúncia ou arquivar. Com esse conflito e sem novos elementos, serei compelido a arquivar", afirmou o promotor que cuidou do caso. Em 24 de março, a Folha de S.Paulo publica uma reportagem com oito fotografias de Suzana, obtidas após três meses de investigações, provando estar errada a altura do laudo de Badan Palhares. Ao lado de PC, de corpo inteiro, mesmo de salto alto, ela é mais baixa. Com isso, o promotor reabre as investigações.
O delegado Cícero Torres, presidente do inquérito que concluiu por crime passional em 1996, afirma que PC usava palmilhas para ficar mais alto. A Folha publicou uma nova foto em que, descalço, PC aparece mais alto do que Suzana. Em 31 de março, a Folha publica imagens e descreve o vídeo com a necropsia do corpo de Suzana feita pela equipe de Badan, mostrando que a altura do corpo não é medida em nenhum momento. Com base em dez fotografias publicadas pela Folha e anexadas aos autos do inquérito, a Unicamp divulga novo laudo sobre a altura de Suzana, concluindo que ela media de 1,53 m a 1,57 m no dia 24 de maio.
A Folha publica, no dia 28 de agosto um laudo inédito do perito Ailton Villanova, da Polícia Científica de Alagoas, elaborado em 1999, após reconstituição das mortes. Ele conclui que houve luta na sala da casa onde PC e Suzana morreram, e que os funcionários de PC mentiram ao dizer que entraram pela janela no quarto onde estavam os corpos. No dia 19 de novembro a polícia indicia Augusto, sob acusação de co-autoria. Além dele, mais oito são indiciados, todos ex-funcionários de PC. Entre eles, os quatro seguranças. Os oito réus de Alagoas e o deputado Augusto Farias afirmam não ter cometido crime algum.
Embora se tenha feito tudo isso, em 2002 o caso foi arquivado pelo STF, deixando enfim uma margem de dúvidas e mistérios sobre esta morte para todos nós. Abaixo você confere uma entrevista de PC Farias na época se defendendo das acusações feitas pelo irmão do presidente na época Fernando Collor.
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