Caros Amigos,
Na última terça-feira, 17, completou-se 33 anos sem o criador do programa "A Praça da Alegria" Manoel de Nóbrega. Na época, estudava Economia quando resolveu começar sua carreira artistica no rádio, em 1931, ainda no Rio de Janeiro. Quando viajou para São Paulo no início da década de 40 foi direto para o rádio e trabalhou em emissoras como Cultura, Nacional, Tupi e Piratininga.
Na TV estreou na década de 50 tendo passado pela antiga TV Paulista, depois Rede Globo e pela Rede Record. Foi também jornalista e deputado estadual por São Paulo. Sua importância para o humor de rádio e de TV foi muito grande e criou programas como "Cadeira de Barbeiro", "Programa Manoel da Nóbrega" e A Praça da Alegria.
Seu mais famoso trabalho foi o humorístico 'A Praça da Alegria, que criou, dirigiu e comandou a partir de 1957, primeiro na TV Paulista e depois na Rede Record. Quando fazia esse programa conheceu o apresentador Silvio Santos, para quem acabaria vendendo seu negócio chamado "O Baú da Felicidade". Silvio Santos fez uma fortuna a partir daí, mas sempre manteve sua amizade com Nóbrega, a quem convidou para ser diretor superintendente da sua primeira concessão de TV, a "TVS" do Rio de Janeiro. Pouco depois da inauguração da emissora, o veterano artista veio a falecer vitimado pelo câncer.
Pelo banquinho da A Praça da Alegria passaram mais de duzentas personagens e os maiores humoristas brasileiros, interpretando textos e personagens cuja maioria fora criada pelo próprio Manoel, que se inspirava em tipos reais que pululavam nas praças centrais de São Paulo dos anos 50/60, tais como os migrantes (caipiras e nordestinos), mulheres esnobes e infiéis, mendigos e loucos de todo tipo, idosos e crianças mal-educadas , entre outros.
Dentre os artistas que fizeram história ao passar pelo banco da praça estão Ronald Golias (era o menino levado Pacífico), Moacyr Franco (um mendigo, que faria sucesso com o Samba de Carnaval Me dá um dinheiro aí), Canarinho, Simplício (o Homem de Itu, a cidade pequena do interior de São Paulo, "onde tudo era grande"), Consuelo Leandro (Cremilda, a mulher do Oscar), Costinha, Zilda Cardoso (a jornaleira Catifunda, que fumava um charuto fedorento), Válter d'Ávila (o semi-analfabeto que estava sempre tentando ler um livro), José Vasconcelos, Murilo Amorim Correa, Maria Teresa, Rony Rios (A Velha Surda), Chocolate e Lilico (o bêbado mal-arrumado e indignado, que tentava chamar a atenção das pessoas tocando um tambor).
Com sua morte, quem assumiu o comando do programa foi seu filho Carlos Alberto de Nóbrega que até hoje o apresenta no SBT, agora com o título de A Praça é Nossa. A idéia da atração surgiu após Manoel, de férias em um hotel na cidade de Buenos Aires, na Argentina, vislumbrou esse sucesso, que há duas décadas cativa o telespectador brasileiro.
Da janela do hotel, ele começou a notar os tipos diferentes que, diariamente, se aproximavam para conversar com um senhor que ficava sentado num banco de uma praça. Percebeu, então, que num cenário único, poderia reunir vários personagens engraçados e muito diferentes entre si.
Ao conquistar todas as faixas etárias e classes sociais, A Praça é Nossa sempre se destacou pela diversificação em seu humor. Nesses 21 anos, foram produzidos mais de mil programas inéditos. Sem contar que já desfilaram pelo banco da praça mais de 120 artistas, entre humoristas e comediantes, que protagonizaram o respeitável número de 250 personagens.
Abaixo, segue um vídeo sobre "A Praça da Alegria", comandada por Manoel de Nobrega:
Muito obrigado Manoel de Nóbrega pela idéia em criar um programa que até hoje é sucesso em todos os lares brasileiros!!
2 comentários:
Ele simplesmete criou a Praça. Precisa falar mais sobre isso? Abraços cara, excelente blog
Olá Ivan. tudo bem, companheiro.... Parabéns pelo blog, especialmente pelo post sobre a Praça É Nossa. Lembro quando assistia com o meu pai, hoje separado de minha mãe. Me fez lembrar momentos especiais, particulares.
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