Caros Amigos,
Reproduzo neste blog, a matéria veiculada no domingo, 01, contando um pouco da história do Prefeito de Penápolis, João Luis dos Santos, onde em seu gabinete contou um pouco de sua trajetória na política. Com 43 anos de idade, João Luís é casado com Renata Cristina Torres Buranello e juntos possuem uma única filha: Laura Helena Buranello dos Santos, com oito anos. Para o prefeito, que também é professor e poeta, a política que parece correr em suas veias, pôde ser sentida ainda na escola, quando era adolescente.
As atividades, garante, começaram na política estudantil quando freqüentava a 8ª série na EE. Marcos Trench, em 1989. “Nesta época eu fui eleito presidente do Centro Cívico que tinha por objetivo promover eventos culturais e também reivindicar melhorias”, lembrou. Naquela ocasião ocorreu uma greve de professores que foi apoiada pelos alunos através de um abaixo-assinado. “Foi um fato inusitado e até então inédito”, afirmou. No ano seguinte, num período em que o Brasil passava pelo processo de redemocratização, João Luís foi transferido para a EE. “Adelino Peters”, escola onde teve contato com vários professores que lideravam um movimento político em Penápolis, entre eles José Fulanetti de Nadai, Maria José de Macedo, Jaime Monteiro e Faiz Rahal, dentre outros.
“Eles trabalharam muito na conscientização dos jovens para a sociedade, mas sem promover a política partidária dentro da sala de aula”, observou. Nesta escola João Luís foi um dos fundadores do Grêmio Estudantil, que garante ter sido o primeiro do Brasil e ocupou a vice-presidência. Posteriormente, já na faculdade, ele participou da União Nacional dos Estudantes e, paralelamente, atuava em movimentos ligados a Igreja Católica, como a Juventude Franciscana, que tinha na coordenação João Martins, que até dezembro ocupava sua Assessoria de Comunicação.
Na época o grupo criou a Pastoral da Juventude de Penápolis e, na visão de João Luís, a participação ativa nos dois movimentos o influenciou a ingressar no Partido dos Trabalhadores. “O PT representava e representa a luta dos movimentos populares”, justificou.
Candidaturas
Até chegar a ser eleito prefeito de Penápolis, João Luís participou de várias eleições, onde na maioria delas não foi eleito. Em 1988, com 22 anos de idade, foi candidato a vereador e obteve 172 votos, numa eleição em que o partido não elegeu nenhum vereador. Na eleição seguinte, em 1992, já formado professor e lecionando na EE. “Carlos Sampaio Filho”, saiu candidato a prefeito, tendo como adversário Alidino Valter Bonini e Benone Soares de Queiroz.
Por coincidência histórica, Bonini, Benone e João Luís vieram, a partir de então e em épocas distintas, a serem prefeitos de Penápolis. “O ano de 1992 teve uma marca boa para o PT, pois conseguimos eleger vereador numa eleição polarizada entre Bonini e Benone vencida pelo primeiro com uma diferença mínima de 72 votos”, afirmou. Nesta eleição João Luís teve 2.683 votos e segundo ele, o objetivo principal do partido era o seu fortalecimento, além também de eleger vereador.
Em 1994 João Luís participou da eleição como candidato a deputado estadual, e, apesar de não ser eleito, obteve quase dez mil votos. “Foi uma eleição importante para o PT que praticamente dobrou o número de deputados estaduais na Assembléia Legislativa. Eu fiquei como oitavo suplente”, destacou. João Luís lembra outra coincidência histórica, quando além dele, os candidatos petistas, a linense, Valderez Móia e o araçatubense Cido Sério, que disputaram a mesma vaga na Câmara Legislativa, vieram, em épocas distintas, a serem prefeitos em seus municípios. No ano de 1996 foi candidato a vice-prefeito, em chapa que tinha o engenheiro Dirceu do Valle como candidato a prefeito. O eleito foi Benone.
“Em 2000, apesar de não ter desistido da política, já que não classifico como derrotas às vezes que não consegui me eleger, pois eram campanhas ideológicas com o intuito de fortalecer o partido, e por estar dedicando a carreira universitária, não achava ser uma boa época para dedicar a política”, observou João Luís. Ele somente mudou de idéia durante uma visita do então presidente do PT, Luís Inácio Lula da Silva a Penápolis. Ao descer do avião em Araçatuba, Lula achava que João Luís era candidato a prefeito, mas recebeu a informação que ele não pretendia se candidatar nem a vereança e que só estava acompanhando sua visita à região.
“Em reunião na Câmara de Vereadores de Penápolis o Lula pediu publicamente que eu disputasse a eleição ao menos para vereador. Como não achei uma forma para dizer não, aceitei o desafio”, recordou. Com 602 votos foi eleito vereador. Na próxima eleição, em 2004, com 15.840 votos foi eleito prefeito, tendo como vice o médico José Carlos Aguirre Monteiro. Já em 2008 veio a reeleição, com 16.683 votos.
Cotidiano
Com a eleição para o cargo maior do município, João Luís, por força de lei, teve que se afastar de praticamente todas as suas atividades profissionais, com exceção a de ministrar aulas, já que é professor da Funepe. “Quando sou chamado, em especial em palestras e conferências, costumo atuar. É muito bom até mesmo para que eu não perca o contato com os alunos”, justificou. Por ser criado em um lar humilde, João Luís, ainda criança, não imaginava que pudesse ocupar o cargo de prefeito.
“Eu imaginava fazer parte de um coletivo que chegasse até a atividade política, mas sem ser o líder ou protagonista. Mas tudo foi acontecendo normalmente com o passar dos anos”, explicou. Seu pai, Plínio Ramos dos Santos apesar de não ter participado de disputas eleitorais, gostava de política, o que também o influenciou. Na campanha de 1982 ocorreu um fato inusitado na família, já que Plínio apoiou Benone e João Luís, com 17 anos e sem poder votar, apoiou o candidato João D’Elia. O prefeito residiu, desde que nasceu, por 33 anos com os pais em uma residência na avenida Antônio Veronese e saiu, quando casou, há 10, para fixar moradia no Jardim Brasília.
Críticas
Em seu dia-a-dia, João Luís revelou que as críticas infundadas são o que mais o chateia. “Quando você recebe uma crítica e sabe que a pessoa tem conhecimento que nós falhamos, até mesmo por inoperância ou incompetência, é uma situação que no fundo avalio que errei mesmo e considero que deveria ter agido de outra maneira. Mas, as críticas vindas de pessoas sem conhecimento de causa, é diferente. Quando sou cobrado de algo que sei que não tenho condições de realizar, ou não existem meios legais para isso, realmente me chateio. Além também, das críticas injustas”, relatou. Já, dentro do cargo que ocupa, o que lhe deixa mais feliz, garantiu, é realizar obras que melhoram a qualidade de vida da população.
Crédito da matéria e fotos: Silas Reche de Freitas (Diário de Penápolis)
2 comentários:
João Luis pra governador. Eu acredito!!!!
Bela matéria cara, abraços.
Tive o grande prazer de ter sido aluno do João Luís em 2002, quando estava no colegial. Profissional correto e muito competente no que faz. Torço muito pela sua carreira política. Parabéns pela matéria Ivan!
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