Caros Amigos,
Em recente pesquisa feita pelo Datafolha, mostrou que houve uma diminuição de manifestações e racismo "assumidos" no Brasil. Diferente de 13 anos atrás, segundo revelou a pesquisa, as pessoas mostravam ser mais preconceituosas e até mesmo utilizam as frases como "negro bom é negro de alma branca" e "se Deus fez raças diferentes, é para que elas não se misturem". Mas, mesmo com a diminuição do racismo, alguns pontos devem ser esclarecidos para vermos que ainda existe o preconceito por parte da população brasileira.
O que não mudou foi a constatação, aparentemente contraditória, de que o brasileiro reconhece o preconceito no outro, mas não em si mesmo. Ou, como definiu a historiadora da USP Lilia Moritz Schwarcz, "todo brasileiro se sente como uma ilha de democracia racial, cercado de racistas por todos os lados". Para 91% dos entrevistados, os brancos têm preconceito de cor em relação aos negros. No entanto, quando a pergunta é pessoal, apenas 3% (excluindo aqui os autodeclarados pretos) admitiram ter preconceito racial. Foi igualmente alto, cerca de 63%, o percentual de entrevistados que afirmaram que negros têm preconceito em relação a brancos, mas somente 7% (excluindo os brancos) dizem ter, eles mesmos, algum preconceito neste ponto.
Houve uma queda de 22% para 16%, a proporção de brasileiros que se sentiram discriminados por sua cor. Esse percentual, no entanto, chega a 41% entre os autodeclarados pretos. Para a historiadora, o que mudou de 1995 para 2008 foi a popularização do discurso politicamente correto. Ela, no entanto, demonstra algum ceticismo com relação ao menor percentual de concordância com afirmações preconceituosas. "As coisas mudaram, mas nem tanto. As pessoas reagem mais às frases preconceituosas, como se já estivessem vacinadas. É positivo ver que há maior consciência, mas é preocupante constatar que a ambivalência se mantém. Parece que os brasileiros jogam cada vez mais o preconceito para o outro, afirmando que "eles são, mas eu não".
Segundo o Datafolha, quanto maior a escolaridade, menor a manifestação de preconceito. Entre a população com nível superior, apenas 5% concordam que negros só sabem fazer bem música e esporte. Entre os que não passaram do fundamental, a proporção é de 31%. A idade dos entrevistados também influenciou. Entre os que têm 41 anos ou mais, 27% concordam com a frase sobre negros na música e esporte. Entre os mais jovens (16 a 25), a proporção cai pela metade: 13%.
Embora tenha tido esta diminuição, é preciso destacar que existe ainda sim o preconceito racial perante a população brasileira, mesmo alguns declarando não serem racistas, sem falar em programas do governo onde são destinadas cotas para bolsas de estudos para índios e negros, o que para muitos estaria rebaixando estas pessoas, mostrando que elas não possuem capacidade assim como as outras pessoas para conseguirem alguma vaga.
Pontos como estes nos faz pensar um pouco e notar que todos nós, seja branco ou negros, temos grandes semelhanças, visto sermos "irmãos" por parte de Deus. Caso declaremos que não somos racistas, mas mesmo assim temos opiniões diferentes sobre negros, paremos e pensemos melhor, pois todos nós temos direito de estudo, trabalho e de termos sucesso em nossa vida.
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